61 votos a favor e 20 contra : DILMA CAIU,COLLOR INJUSTIÇADO E TEMER EMPOSSADO

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Três registros da história que em curto espaço de tempo se consumou no encerramento do processo de impeachment da Presidente Dilma Roussef.
Primeiro a lembrança do processo que em 1992 cassou o mandato do Presidente Fernando Collor de Mello, depois de uma renúncia, cassando-lhe os direitos políticos por oito anos.
O ex-presidente, hoje senador, reclamou com justa razão os trâmites da época no Senado da República.
Agora foi a vez do processo de impeachment de Dilma Roussef e “fatiaram” a decisão de forma conveniente e por conta de uma armadilha que seus apoiadores aprontaram no plenário do Sebnado.
Desdobrando uma única questão em dois tópicos, separando uma ação de outra que estava constitucionalmente estabelecida, senadores cassaram o mandato de Dilma Roussef mas lhe garantiram o direito de permanecer habilitada ao exercício da função pública.
Uma decisão que além de contrariar a Constituição, bate contra a Lei da Ficha Limpa, deixando no ar a impressão de um deboche para o qual contribuiu o senador Renan Calheiros em curto pronunciamento para anunciar o seu voto pela ex-presidente.
Enquanto a oposição a Dilma comemorava sua cassação, os adversários vibravam pelo tapete que puxaram na Vitória de Pirro estabelecida inicialmente.
Longe de ter se encerrado, este episódio do Impeachment promete desdobramento no DSTF onde ações vão tentar derrubar o fatiamento de uma decisão constitucional que permitirá, segundo os petistas, dar chance de Dilma Roussef tirar umas férias e tentar daqui a dois anos disputar novamente a Presidencia da República para voltar toda faceira.
Collor sentiu que mais uma vez foi derrotado porque pagou uma conta que agora ficou pendente.
Michel Temer já foi empossado, no final da tarde do mesmo dia em que cassaram Dilma, e agora tem dois anos pela frente para provar que Dilma Roussef deveria ter sido cassada em todos os detalhes da pena a que foi sujeita.
Cassada por 61 votos contra 20 e embora derrotada por 42 votos contra 36 e mais 3 abstenções na segunda votação, Dilma chora pelo momento mas consola-se com a possibilidade de voltar daqui a dois anos como candidata ao cargo que perdeu em 2016.
Se não houver, é claro, um alerta na mais alta corte do país que reconheça o erro no “fatiamento”de uma decisão histórica.

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