Fruet torra R$ 58,5 milhões no 13º dos servidores e os vereadores querem detalhes do uso do dinheiro pelo prefeito

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Os vereadores de Curitiba querem detalhes sobre como o prefeito Gustavo Fruet (PDT) vai usar o dinheiro do extinto fundo da Câmara. Foram repassados a Fruet mais de R$ 58 milhões. No início da semana, o prefeito avisou que vai gastar os recursos no pagamento de 30% do 13º salários de mais de 46 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas. No entanto, a comissão de economia e fiscalização pede uma resposta oficial com detalhes técnicos do uso do dinheiro. As informações são da CBN Curitiba.

Um dos integrantes da comissão, Mauro Ignácio (PSB) já tinha feito um pedido de informação em maio sobre como a verba do fundo seria utilizada. O prazo para a resposta venceu no dia 23. Ignácio argumenta que o dinheiro foi repassado para a prefeitura sem ser carimbado, ou seja, o município pode decidir como vai usar o dinheiro.

“A preocupação levantada na comissão de economia e no plenário é com relação a destinação destes recursos. A alegação é que ele não podia ser carimbado. Na primeira votação, o dinheiro iria para a manutenção urbana, depois ficou em aberto com a destinação que a prefeitura achasse melhor. Todavia, se a função do vereador é de fiscalizar o executivo, devemos saber aonde vai ser aplicado este dinheiro”, cobrou Ignácio.

O vereador também reclama de outros 13 pedidos de informação que não foram respondidos. Normalmente, o prazo para responder os pedidos é de 15 dias, prorrogável por mais 15. Uma das críticas é que, muitas vezes, os vereadores não recebem respostas oficiais dos pedidos e ouvem as respostas pela na imprensa.

“Como será usado o dinheiro: no 13º, em manutenção urbana, em saúde, em educação e isso não veio. Eu tenho um pedido de informação vencido e comissão de economia reapresentou esse pedido. A Câmara que tem função de fiscalizar a prefeitura, não recebe as respostas nos devidos prazos e nem após o prazo. Ao mesmo tempo em que a prefeitura diz que está endividada, ela também faz a economia de R$ 1 bilhão. Há um contrassenso nisso”, disse Mauro Ignácio.

(foto: arquivo câmara municipal)

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