“A LAVA JATO É ETERNA. DOA A QUEM DOER!”: R$ 4 BILHÕES  DEVOLVIDOS, 79 FASES, 130 DENÚNCIAS e 278 CONDENAÇÕES 

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Operação Lava Jato, iniciada em 17/03/2014 e dissolvida em 07/03/2020, quase 7 anos depois, pode ser considerada como a maior investigação da história do nosso país. Ela deixou de existir na prática, mas com várias provas e processos ela está  na memória da população brasileira. A operação ficou como uma verdadeira imagem da limpeza nas estatais e a revelação de um vasto esquema de corrupção.

Em quase sete anos de duração contou com 79 fases desvendadas, milhares de mandados de busca, apreensão no país e no exterior com mais de 130 denúncias, 278 condenações, mais de R$ 4 bilhões devolvidos aos cofres públicos, além de R$ 2,1 bilhões em multas, segundo informações do Ministério Público Federal (MPF). 

O que começou como uma apuração sobre a rede de doleiros em um posto de gasolina, provocou ações em diversos estados desvendando um esquema de corrupção com um rombo astronômico na Petrobras e um prejuízo bilionário estimado em perdas de R$ 6,2 bilhões. Para o Tribunal de Contas da União (TCU) o prejuízo ultrapassa R$ 29 bilhões desde 2002, quando o PT assumiu a presidência.

Todas as fases da Lavajato tiveram um desdobramento maior graças um mecanismo que foi instituído em 2013, as delações premiadas, que era um verdadeiro benefício para o acusado que aceitasse colaborar com as investigações e que desencadeou a revelação de nomes de políticos envolvidos do Brasil inteiro propiciando as 79 fases da operação, graças às ações de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e toda equipe da força tarefa.

NÚMERO DE CRIMES E ANOS DE CADEIA

Em uma simulação da revista ISTOÉ, se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse condenado por todos os crimes pelos quais era acusado na Justiça, ficaria de 519 a até incríveis 1.795 anos na cadeia. Usando o mesmo critério, o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), poderia amargar até 247 anos na prisão. Sua pena mínima seria de 60 anos. Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não ficaria menos do que 39 anos no cárcere, podendo alcançar 170. Um grupo multipartidário de cinco expoentes políticos analisados pela revista ISTOÉ na época.

DERROTAS DA LAVA JATO E O CONTRAPONTO DE FACHIN  

Paralelamente, nos últimos dois anos, a corte tomou uma série de medidas contrárias ao interesse de autoridades da operação, como a que barrou a prisão de réus condenados em segunda instância, como é o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou permitindo que ele se candidatasse graças a uma canetada de Edson Fachin do STF de que os processos deveriam ser realizados na origem e não em Curitiba.

O estranho nessa situação é que foi o próprio Fachin que fez a divulgação de 76 inquéritos que deveriam ser feitos dando a operação Lava Jato uma grande credibilidade, pois nesta lista mirava políticos de diferentes partidos, reforçando o caráter apartidário na época.

Fachin também foi o ministro que deu sinal verde a autorizar a investigação de outros 98 nomes importantes do mundo político, incluindo oito ministros, 24 senadores, 39 deputados e três governadores. Porém em 2019, o Supremo decidiu que crimes como corrupção, quando investigados juntos com caixa dois, devem ir da Justiça Federal para a Eleitoral

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